As minhas melhores "receitas"

comida outubro 31, 2016
Não me pesava há mais de um ano. Ontem decidi fazê-lo e percebi que emagreci um quilo. Não é que seja muito, mas se continuar assim vou precisar de calças novas e o meu orçamento não dá para isso. Por isso mesmo é melhor continuar a fazer o que faço melhor: misturar fruta e nutella. Não é qualquer tipo de fruta, mas posso garantir-vos que banana com nutella é delicioso (para não falar nos morangos porque isso toda a gente sabe). Sabem o que é também fica muito melhor com nutella? Bolacha maria. Uma delícia! Juro!


Dicas para ter um blogue de sucesso

outubro 29, 2016
Gostava de vos dar algumas, juro que gostava, mas nunca tive nenhum.... (e se a sanidade mental dos portugueses estiver bem, nunca terei)

À miúda que chora por não ter entrado em medicina

universidade outubro 27, 2016
A carta da Maria Barros publicada pela Visão foi da melhor comédia que vi no facebook nos últimos tempos. Há pessoas indignadas porque a menina, cheia de vocação para ser médica, não entrou no curso por três décimas. Mas vamos esmiuçar bem o que a Maria Barros diz na carta. Teve média de entrada de 17.8. Incrível como na Covilhã a média era 17.7 e mesmo assim a rapariga tem de ir para Espanha. Bem, para a menina da cidade deve ser preferível mudar de país a ir para o interior, certo? Errado. Porque depois de uma rápida pesquisa pelos candidatos a medicina em Lisboa, Porto e Coimbra, cheguei à conclusão que a Maria não existe. Não há nenhuma Maria Barros candidata a medicina na 1ª, 2ª ou 3ª fase com média de 17.8. Porquê? Porque a Maria mentiu. É bem mais conveniente dizer "não entrei por 3 décimas" do que "na verdade a minha média era 17.3". Sim, 17.3. A Maria candidatou-se à UBI nas duas primeiras fases e, veja-se bem, na 1ª até cometeu a loucura de se candidatar à Madeira. E na segunda fase até tinha média de 17.7, o que a torna ligeiramente menos mentirosa.

Curiosamente também mentiu sobre a média de secundário que foi 17.6 na 1ª fase e 18 na 2ª. De facto é deste género de pessoas que eu quero a tratarem-me nos hospitais. Deste e do género que põe as culpas nos outros quando as coisas não correm bem. Sim, porque ela não entrou por culpa deste sistema ridículo que temos em Portugal que premeia quem mais se esforça. Querias medicina? Estudasses mais. Tens esse sonho há 15 anos? Ó amiga eu quero ser cantora há 20 e não me vês a incomodar o Marcelo com isso. Queres prémios escreve para o Goucha. Queres cursos superiores, estuda.


"Mas a vocação devia contar". Pois devia, mas então e a vocação para os outros empregos todos? Quem é que viu que eu tinha vocação para comunicação quando me candidatei ao ensino superior? Quem é que viu a vocação da senhora da caixa do intermarché que ainda na semana passada me disse "boa tarde" como se eu fosse o diabo? E como é que esperas que se veja se alguém tem ou não vocação? Fazem-se entrevistas aos milhares de candidatos? Acho que sim, o estado deve estar cheio de dinheiro para isso. Ou abrem-se mais vagas para irem todos para o desemprego? Também me parece bem.

É curioso ela referir também a nota do exame de física e química já que este lhe desceu a nota. Amiga, eu usei como prova de ingresso um exame de português onde saiu Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Saramago na gramática e também me desceu a média. Eu também queria ter entrado na Nova e não entrei, mas pelo menos escolhi um curso onde sabia que entraria, se não em Lisboa, em Leiria. Não podemos ambicionar aquilo que não conseguimos porque a vida não se resume a um livro do Gustavo Santos. 

Vou contar-te uma coisa que precisa de ser mudada no nosso ensino bem antes de se medirem vocações e para tal aproveito para te contar uma pequena história. As minhas disciplinas preferidas sempre foram matemática e história. Na altura de optar escolhi humanidades. Perdi a conta ao número de vezes que ouvi de colegas de ciências o típico "só foste para humanidades para não teres matemática". Não, fui para humanidades para seguir a área que segui. Acontece que toda a gente desvaloriza história A porque "é só decorar". Não é. Experimentem decorar a história desde a antiguidade clássica até à atual para o exame e digam-me como correu. É preciso perceber tanto em história como em matemática. Curiosamente o exame de matemática demora 3 horas e o de história 2 horas e meia. Afinal são só meia dúzia de perguntas onde só temos de descarregar tudo o que decorámos. Quem me conhece sabe que eu escrevo rápido e faço testes rápido. Por estranho que pareça não tive tempo de acabar o meu exame de história. Nem eu nem muitas das pessoas que conheço. Tive 15. Se calhar se tivesse acabado, usava-o como prova de ingresso e mantinha a minha média. Sentes-te injustiçada? Injustiçados somos nós, os "inferiores" que não tiveram matemática e que não têm o mesmo tempo para fazer o exame. Injustiçada sinto-me eu por todos os anos nas notícias das médias dos exames ouvir "português e matemática". Injustiçada sinto-me eu por estar desempregada enquanto ditos jornalistas da visão contam a tua história sem sequer verificarem os factos.

Conversas sábias cá de casa

outubro 21, 2016
Diz o meu pai: "tens de arranjar trabalho e ganhar dinheiro de uma maneira qualquer".
E eu respondo: "ok, vou plantar droga".
"Isso não", diz ele.
"Então mas não era de qualquer forma?", responde a minha mãe.
E ele: "se fizeres isso sais cá de casa".
E eu: "não ia longe a cultivar droga cá em casa. Toda a gente sabe que a droga precisa de montes de luz e a eletricidade cá em casa é uma porcaria".

Questões que assolam a humanidade #17

questões que assolam a humanidade outubro 03, 2016
Quem é que assalto um banco com uma meia na cara?

Quem é que nunca viu num filme ou série um grupo de assaltantes a roubar qualquer coisa com uma meia de vidro a tapar a cara? Um grupo ou uma pessoa só, referi-me a um grupo simplesmente por ser ainda mais parvo um conjunto de pessoas suficientemente inteligentes para planear um assalto meterem uma meia na cabeça para o efeito. No meu tempo havia aquelas espécies de gorros que só mostravam os olhos. Reza a lenda que eram para esquiar mas como nunca esquiei, não posso comprová-lo. Bem, são uma espécie de burka mas em versão gorro. Um colega meu de escola tinha um e até lhe costumávamos perguntar se ele ia assaltar um banco de cada vez que vinha com aquilo na cara. Perguntávamos porque achávamos que era o indicado para que ninguém o reconhecesse. Com uma meia de vidro na cabeça, além de se tornar francamente mais fácil a identificação dos assaltantes, também o assalto acaba por ficar um pouco mais cómico, não é?