Consequências nefastas do calor

agosto 05, 2018

Na praia:
"Boa tarde. Está calor, não está?"
"Está."
"E como é que se vai proteger deste calor?"
"Olhe, bebo muita água e ando mais à sombra."

Numa praia fluvial no interior:
"Boa tarde. Está calor, não está?"
"Está."
"E como é que se vai proteger deste calor?"
"Olhe, bebo muita água e ando mais à sombra."

Numa esplanada qualquer de uma terra que ninguém conhece:
"Boa tarde. Está calor, não está?"
"Está."
"E como é que se vai proteger deste calor?"
"Olhe, bebo muita água e ando mais à sombra."

Numa praça de uma capital de distrito que não Lisboa ou Porto:
"Boa tarde. Está calor, não está?"
"Está."
"E como é que se vai proteger deste calor?"
"Olhe, bebo muita água e ando mais à sombra."

E com esta constatação do óbvio ocupa-se uma bela meia hora de um noticiário. É o tipo de jornalismo que merecemos depois de fazermos 70 publicações diárias em todas as redes sociais sobre quantos graus estão.

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