Os vestidos dos Globos de Ouro
janeiro 12, 2016
O título foi suficientemente chamativo? Sim? Então continuem a ler porque apesar de este texto nada dizer sobre os vestidos que pisaram a passadeira vermelha, fala sobre a segunda coisa mais importante da noite: os vencedores.
É uma verdadeira perda de tempo estar a ver pessoa a desfilar na passadeira vermelha e ficar acordada até às tantas à espera de saber se os meus favoritos venceram. E este ano até tinha favoritos. A nível cinematográfico o Leonardo lá levou mais um prémio. Será que é este ano que ele vai vencer o óscar? Deixem-me ter paciência para as 2 horas e 30 que o filme demora e depois comento.
A nível de séries correu (quase) tudo como eu queria. Não me parece que a Lady Gaga merecesse vencer, mas já todos sabemos que o nome também conta. Eva Green devia ter ganho pelo seu desempenho fenomenal em Penny Dreadful da mesma forma que acho inacreditável a não vitória de Rami Malek por Mr. Robot. Mas Mr. Robot nem por isso saiu de Beverly Hills de mãos a abanar. "Melhor série dramática" superando séries com bem mais espetadores como Game Of Thrones. De facto, Mr. Robot é das melhores séries que já vi e eu já vi muita. O tema pode nem ser o mais apelativo, nem tão pouco o mais fácil de perceber, mas a complexidade da série rapidamente se desenvolve no nosso cérebro e nos faz querer ser parte da F Society. E mais que uma boa história é a maneira como esta é filmada e escrita. Monólogos intensos que nos levam a pensar.
Mas atrevo-me a dizer que a grande vencedora da noite e surpresa está na categoria de comédia/musical. Mozart In The Jungle, uma série da Amazon sem muito público, já tinha sido a surpresa das nomeações e acabou eleita como melhor série da categoria contra séries como Tranparent ou Orange Is The New Black. A par de Mr. Robot é a minha série preferida de 2015. Esta por razões claramente diferentes. Mozart In The Jungle é uma série mais leve com episódios de cerca de meia hora. Foi precisamente por isto que a comecei a ver. Já passava da meia noite e não me apetecia ver um episódio de 45 minutos porque isso fazia com que me fosse deitar demasiado tarde. Acabei por ver três de Mozart In The Jungle e os outros sete da 1.ª temporada no dia seguinte. É viciante, mas mais que isso, é diferente de tudo o que já tinha visto. Mozart In The Jungle não se resume à típica série musical em que uma personagem canta para pedir que alguém lhe passe o pão à mesa. Mozart In The Jungle foca-se na música clássica e nas aventuras de um maestro (cujo actor também levou o Globo para casa) que se muda para a Orquestra de Nova Iorque quando todos o consideram o melhor. Na verdade é ele completamente louco mas adorável. Se nunca viram, tratem disso. É um conselho de amiga!
E porque eu sou uma pessoa coerente, tomem lá vestidos:
P.S. Para comentários terão de procurar um dos 85415641546 blogues de moda, sejam eles bons ou maus.
0 comentários