Auto-entrevista - versão quarentena

abril 21, 2020

Os mais atentos a este magnífico blogue saberão que estou a reciclar uma antiga ideia (que já era copiada) porque sou super criativa.

Cara Jessica, obrigada pelo tempo dispensado para esta entrevista. Há quanto tempo está de quarentena?

Claro, Jessica, o prazer é todo meu. Comecei a quarentena em 19 de março. É fazer as contas que eu sou de humanidades.

Sei que continua a trabalhar a partir de casa. Tem alguma dica para as pessoas que estão em teletrabalho?

Tenho... imensas. Hei-de escrever sobre isso mais à frente. A mais importante é: não se vistam como se fossem trabalhar. Estão em casa. Aproveitem isso para estarem confortáveis. Se tiverem reuniões vistam uma camisola apresentável e pronto.

Já fez pão caseiro?

Não. Primeiro porque nem gosto assim tanto de pão e depois porque a nível de coisas que nos fazem perder tempo desnecessariamente, prefiro escrever neste blogue.

E o exercício físico? Como foi fazer esta transição?

Olhe, foi surpreendentemente fácil. Passei de não fazer nada quando não havia covid para não fazer nada agora que há covid. O importante é manter as nossas rotinas.

O que está a achar da telescola?

Tenho estado a trabalhar. Estou curiosa para ver o Português Língua Não Materna do nível intermédio. Devo isso à professora que tão generosamente me revê os textos. Não fosse ela e estavam aqui coisas escritas como "fizes-te" ou "hádes".

Já pôs muitas séries em dia nesta quarentena?

Considero que sim. Tinha cerca de 120 episódios para ver e neste momento tenho 100. Estou num bom caminho para desistir de metade do que vejo a meio.

Como distingue os fins de semana dos dias de semana?

Durmo até ao meio dia.

O que acha das celebrações do 25 de abril?

Olhe, Jessica, não acho grande coisa. Tanto me faz. O que me aborrece é ser a um sábado.

Acha que o governo está a divulgar os números certos ou vamos todos falecer?

Acho as duas coisas. Acho que há mais casos do que os diagnosticados, mas, sendo assintomáticos, não fazem testes, mas também tenho bastantes certezas de que vamos todos falecer.

Já notou que não gosta que a tratem por você, mas aqui está a fazer exatamente isso?

Olhe, agora que menciona isso, já.

Para terminar, gostaria de deixar uma mensagem de esperança aos leitores deste espaço?

Claro que sim, não tenho é nenhuma.

Relacionados

0 comentários