Como fazer greves a sério (por: CP)

abril 10, 2015

Hoje há greve (estou sempre em cima do acontecimento, é verdade). Mas as greves da Carris tendem a ser desinteressantes. É muito bonito ter-se direito a fazer greve, mas se não sabemos fazer greve em condições, mas vale ir trabalhar. O metro adiou a greve para a próxima semana porque foram obrigados a ter serviços mínimos, mas a Carris foi em frente. Curiosamente já me apercebi da passagem de vários eléctricos e portanto, concluo que, como todas as greves, esta está a ser mais um falhanço. Uma greve pressupõe não haver autocarros ou eléctricos mas logo, nos telejornais, vamos ouvir dizer que houve adesão de 100% quando todos sabemos que é mentira.

Greve de qualidade são as da CP. Tão boas que, na semana passada, nem sabia que ia haver greve. No fundo ninguém sabe porque é que faz greve, o que todos sabem é que estão a complicar a vida às pessoas e, por isso, se é para complicar é preferível não divulgar a greve. Assim as pessoas chegam à estação/paragem e só nessa altura se apercebem que não vão conseguir ir para lado nenhum. 

Mais. Greves de um dia são para os fracos. A CP a semana passada presenteou-nos com quatro dias de greve e ainda houve comboios afectados no dia seguinte. E serviços mínimos? Só meia dúzia de comboios durante todo o dia, não é como a Carris que já em dias normais tem períodos de espera de uma hora (estou a exagerar, claro, o máximo que esperei foram 50 minutos).

Conclusão: a Carris e o Metro ao pé da CP são, como diria o JJ, "muita" fraquinhos. Se é para estragar a vida das pessoas que seja maquiavelicamente. 

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