You'll Never Walk Alone

maio 16, 2015


Vamos todos fazer um minuto de silêncio porque hoje morreu um bocadinho do futebol como o conhecemos. Para qualquer fã de futebol hoje é um dia triste. Steven Gerrard despediu-se de Anfield Road, 27 anos    depois de ter chegado e 17 depois de se estrear na equipa principal. Não há muitos jogadores que aguentem no mesmo clube uma vida inteira e, os poucos que o fazem, fazem-no por duas razões: porque mais ninguém os quer ou porque já estão num dos melhores do mundo. Não é o caso. Os grandes tempos do Liverpool há muito que lá vão e o que não faltaram foram propostas para fazer o Gerrard sair de Anfield.


José Mourinho tentou levá-lo para o Chelsea, para o Inter e para o Real, mas obteve sempre a mesma resposta: não. É por isto que só há um Steven Gerrard, e é por isso que ele é único. Podia ter jogado nos maiores colossos europeus, podia ter ganho tudo em qualquer liga, podia ter sido o melhor do mundo, mas escolheu o clube ao invés dele mesmo, porque, como ele mesmo diz: "the name in the front is more important than the name in the back".


Fez mais de 700 jogos pela equipa principal do Liverpool, foi eleito o terceiro melhor jogador do mundo em 2005, venceu a Liga dos Campeões nesse ano (num jogo épico frente ao Milan) e ganhou vários títulos internos em Inglaterra, mas nunca conseguiu vencer a desejada Premier League.



Tenho pena de não ter visto, por exemplo, o Eusébio a jogar, mas a verdade é que, daqui a muitos anos vou ter muito orgulho em poder dizer que vi o Gerrard a jogar, vi-o a dar tudo em campo, vi-o a chorar com algumas derrotas, vi-o a acreditar até ao fim, vi-o a jogar com o coração, vi o amor à camisola, vi uma verdadeira lenda. 

YNWA Gerrard!


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