Blogal #10 - Christmas Wedding Planner

dezembro 10, 2020

 

Esqueçam todas as vezes que eu já disse, no decorrer deste Blogal, que determinado filme era o pior de todos. Esqueçam isso porque eu deixei o pior para o final. Ou o melhor, depende da perspetiva. Christmas Wedding Planner é, não só o pior filme de natal que já vi, mas também, muito provavelmente, o pior filme que já vi.

A premissa é simples e, por si só, estúpida. A nossa personagem principal é organizadora de casamentos (notem que esta profissão não existe, uma vez que a mesma se designa pelo nome em estrangeiro), mas nunca organizou um casamento. O primeiro que vai organizar é o da prima que se vai casar na noite de natal. Percebem a estupidez? Uma coisa é um príncipe apaixonar-se por uma rapariga aleatória que conhece da forma mais irreal possível, outra é um casamento na noite de natal. A partir daqui, é sempre a descambar. 

Primeira cena: ela entra no café e bate numa desconhecida e faz-lhe deixar cair o café no chão. Podia ser apenas distraída, mas, pouco depois, começamos a perceber que a nossa personagem principal é tudo o que de mau há: distraída, chata, irritante, burra e não vou continuar porque o meu vocabulário não é assim tão extenso e não quero que se apercebam disso.

Ela foi ao café buscar um bolo de que a tia gosta imenso, mas, obviamente, o homem à frente dela acaba por levar o último. Já sabem como vai acabar a história? Não sabem, acreditem. É que vocês pensam, mas melhor. Logo de seguida, ela vai à festa de noivado que organizou e sabem quem é que está lá? Aposto que não sabem porque é quase inacreditável, mas sim, era o homem do café que comprou o último bolo que também ia dar à tia da personagem principal (isto sem nomes torna-se muito complicado).

Rapidamente ela o vê na festa e decide ir ter com ele toda irritada, com um ar superior, a perguntar se o bolo estava bom. História engraçada: ele é o ex-namorado da prima e está no casamento porque se reencontraram há pouco tempo e ela decidiu convidá-lo. A tia disse à personagem principal para ter cuidado com ele e ela vai, novamente, direta a ele com ar irritado. Juro, esta personagem irradia burrice.

Na verdade, o ex-namorado da prima é detetive privado e está lá para investigar o atual noivo. Mindblowing, não é? Não sei quem é que pensou nisto, mas não quero conhecer esta pessoa. Acabam por se juntar nesta investigação, com a mulher sempre a achar que o noivo não fez nada de errado. Começam a encontrar-se num restaurante que, mais tarde, descobrimos que é do detetive.

A investigação não dá em nada e entretanto ela descobre que ele recebeu dinheiro do pai da noiva e acha que ele o chantageou e corta relações. Uma desgraça. O melhor de tudo é o final. A prima e o noivo estão prestes a casar quando o detetive entra na igreja com uma ex-empregada do noivo grávida dele. Acham que isto deu um escandalo? Estão errados. A noiva ficou triste por exatamente 2 minutos, sem uma única lágrima, e logo a seguir o detetive achou digno pedir a personagem principal em casamento. Uma pessoa que conhece há meia dúzia de dias. E ela aceita. Aceita casar com uma pessoa que conhece há meia dúzia de dias. Tudo isto com a prima a assistir vestida de noiva em plena neve. E, para não se estragar a comida e não se perder o dinheiro já investido, casam-se. E hão de ter vivido felizes até se conhecerem um ao outro e ele perceber o quão burra ela é.

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