Blogal #5 - Christmas With a View

dezembro 05, 2020

 


Se acham que os filmes de que vos tenho falado até agora são desinteressantes, esperem até ver este (não que eu recomende que vejam). O nome é estúpido. Não por ser mais ridículo que outros de que já aqui falei, mas porque pouco ou nada nos remete para a história terrivelmente má do filme.

Tudo começa num restaurante numa montanha qualquer (acho que é uma montanha, mas posso ter adormecido nessa parte) onde todos estão a ver a grande final de uma espécie de Masterchef. Este Masterchef é fenomenalmente bem produzido, na medida em que todo o cenário é falso, mas vê-se a milhas que é falso. Parecem as produções das novelas portuguesas quando tentar criar um fogo ou algo do género. Há um chef, por quem todas as mulheres babam, que acaba por ganhar o concurso deixando as empregadas do restaurante loucas. 

Dias depois, o chefe do restaurante anuncia que foi contratado, durante uns meses, um novo chef, para ajudar na época festival (que, a julgar pelo tempo do contrato, dura meio ano lá nas montanhas). O novo chef chega e - surpresa - é o tal que ganhou o concurso. As empregadas ficam loucas e a empregada-chefe (desculpem, falta-me o termo correto e tenho preguiça de o ir procurar) ignora essa loucura porque diz que só importa se ele é ou não bom no que faz. 

Conseguem adivinhar o que acontece a seguir? Tenho a certeza que sim, mas eu conto-vos na mesma. Ora, é óbvio que a primeira pessoa com quem o chef fala é com a empregada-chefe e - mais uma surpresa - apaixonam-se no imediato. Depois disso é tudo tão desinteressante que deixo ao vosso critério se pretendem ou não saber mais sobre a história (isso e eu adormeci algures a meio portanto não há muito que vos possa contar).

Mas atenção, não quero ser injusta com este filme. Na verdade, ao contrário da maioria dos filmes de natal, há efetivamente um fator surpreendente. Como já se devem ter apercebido, a história é sempre igual: uma mulher que se apaixona por um príncipe ou alguém hierarquicamente superior a ela no trabalho. É sempre isto. Ora, eu percebo a paixão por um príncipe ou afins. Também percebo a paixão por um chef, até porque eu não gosto particularmente de cozinhar. A diferença entre esta personagem e as restantes não é a profissão, é a burrice. Ele abre a boca e só sai merda. Sim, neste blogue escrevem-se as palavras sem asteriscos. Como é que alguém conseguiu criar uma personagem tão burra por quem a empregada-chefe (certamente com o QI bastante superior) nunca se iria apaixonar na vida real? Fica a questão.


Relacionados

0 comentários